sexta-feira, 3 de dezembro de 2021

FALTA QUALIFICAÇÃO, NÃO EMPREGO!

 Todos os dias anuncia-se milhares de vagas de emprego em todo o país, que levam em média 45 dias para serem preenchidas, mas as notícias da mídia dão conta de um crescimento assustador do desemprego!

Em Francisco Beltrão, União da Vitória e região onde atuamos,  diariamente ouvimos dos empresários em geral, sobre a dificuldade em contratar mão de obra qualificada, desde a mais simples, as que não exigesse grandes experiências, até e principalmente, aquelas em que são necessária uma qualificação mais específica, fato que é comprovado pelas agências de emprego e órgãos governamentais de recrutamento de mão de obra.

Entretanto, os índices oficiais no pais inteiro dão conta de um desemprego gigantesco, agravado de forma assustadora com a pandêmia e as políticas equivocadas de prefeitos e governadores em relação as questões econômicas adotadas nos últimos 15 meses. Na prática, vivemos uma situação ambígua, mas real, onde os dois lados vem sofrendo, tanto o que precisa da mão de obra quanto o que precisa do emprego. Mas onde esta o problema? De forma objetiva e simplista poderíamos afirmar que é na falta de qualificação dessa mão de obra que encontra-se forçadamente (em partes)  ociosa. Mas o problema é mais complexo.  Opções para qualificar essa mão de obra e equipar o mercado com mão de obra capaz de alavancar o crescimento do país, não falta. O que vemos são dezenas, centenas, talvez milhares de opções de empresas, instituições e até pessoas fisicas oferecendo cursos, treinamentos, mentorias e toda forma imaginável de preparação e reencaminhamento de pessoas ao mercado de trabalho. Podemos imaginar que chegamos ao ápice do problema quando podemos constatar quando observamos que em muitos casos, falta qualificação para os qualificadores. Falta eficiência e eficácia das empresas e pessoas que se propõe a treinar e qualificar essa mão de obra. Mas vamos ousar ir além, e afirmar que falta um política governamental do Estado em realmente investir na qualificação e incentivo a produção de mão de obra qualificada. Falta interesse em produzir gerações dispostas a prepararem-se para o mercado de trabalho. Nas últimas décadas tivémos um governo que optou pelo assistencialismo eleitoral a dar dignidade e trabalho a população, pois nesses último caso, tornaria-se mais díficil a manipulação e o engano.

Falta em nossas cidades, estados e federação, um investimento sério em concientizar a população da importância na busca da dignidade e dos sonhos através do trabalho. Hoje, vemos além da falta de preparo técnico, falta vontade de trabalhar e de ensinar as novas gerações a importância do trabalho. Nos últimos 30 anos no Brasil se criou dezenas de leis que colocam empecilhos ao trabalho em vez de incentivo, leis que punem até os pais que querem produzir nos filhos a mentalidade do trabalho. Nos últimos 30 anos se produziram leis que criaram toda espécie de "DIREITOS" sem o devido respaldo dos "DEVERES" cumpridos. Falta preparo para essa mão de obra ociosa (desempregada)? Com certeza. Mas falta principalmente a cultura e a vontade de trabalhar. Temos desempregados sim... Mas temos muitos, culturalmente "vagabundos", não necessariamente por opção, mas que infelizmente não servem para suprir a falta de mão de obra que o mercado está precisando. Para quem realmente quer trabalhar, não falta emprego!