domingo, 9 de julho de 2023

Pesquisas por telefone despertam polêmica

         A proliferação de pesquisas eleitorais de opinião feitas por telefone, muito mais baratas que os tradicionais levantamentos realizados com entrevistas face a face, desencadeou uma guerra entre institutos que disputam o mercado, estatísticos e especialistas. Institutos grandes defendem pesquisas por telefone e aplicativos, os menores, as sondagens presenciais.

O estopim foi uma nota divulgada na semana passada pela Associação Brasileira de Empresas de Pesquisa (Abep) segundo a qual "os levantamentos e coletas de opiniões realizados por meio de ligações telefônicas para pesquisas eleitorais não são recomendados para esse fim, pois nem sempre retratam com fidelidade a percepção real da maioria dos eleitores".

O diretor geral do INSTITUTO DE PESQUISAS VANGUARDA, de Francisco Beltrão, e que por mais de 20 anos foi sediado em União da Vitória, confirma que as pesquisas por telefone e aplicativos não são confiáveis. “Já realizamos esse tipo de pesquisas, mas somente quando solicitado pelo cliente, pois elas estão muito longe de retratarem a realidade”, concluiu Paulo Lemos.

Segundo os representantes e construtores de aplicativos do gênero, para pesquisas eleitorais, esse tipo de levantamento (por telefone ou aplicativo) tem uma taxa de resposta que variam entre 3% a 5%. E pior, o maior agravante da falta de confiabilidade, é que essa taxa de resposta não permite saber com certeza quem são as pessoas que “estão sendo entrevistadas”. Por mais que a empresa tenha um cadastro abrangente e seguro de cada cidade onde realiza esses trabalhos, é impossivel saber se a pessoa que está respondendo é efetivamente o dono da linha telefônica ou do IP. Portanto uma entrevista que é considerada nesse tipo de pesquisa pode ter sido respondida por uma criança ou por alguém de perfil totalmente diferente daquele que a empresa acredita estar entrevistando. Ainda, com essa taxa de resposta, uma pesquisa em cidades como Francisco Beltrão, União da Vitória ou cidades menores, que exigem uma amostragem minima de 200 a 300 entrevistas, exigiriam um total de ligações ou disparos para algo próximo a 10 (dez) mil telefones. No caso de cidades menores como Porto Vitória, Salgado Filho, Paula Freitas e outras mais de 200 cidades paranaenses, nem ligando para toda a população dessas cidades seriam possíveis conseguir uma amostragem numericamente segura.

Finalizando, o diretor do INSTITUTO DE PESQUISAS VANGUARDA, Paulo Lemos, alerta os prefeitos e candidatos a prefeito da região, tomem cuidado, principalmente com pesquisas oferecidas por Deputados que dizem estarem colaborando com suas campanhas, pois a maioria absoluta deles, oferecem como “PRESENTE” de grego, esse tipo de pesquisa, que mais confumdem do que oferecem mecanismos de acompanhamento eleitoral