domingo, 2 de novembro de 2025

O “paradoxo do brasileiro” é uma provocação à lógica.

  Não há brasileiro que não esteja indignado com “tudo isso que está aí” (corrupção, roubalheira, financiamentos eleitorais indecentes, inversão de valores, STF rasgando a constituição, justiça parcial, etc.).  Os padrões de convivência civilizada sempre estão deteriorados. O moderno convive com o arcaico. Fabricamos aviões ultra modernos, mas contamos com 13 milhões de analfabetos (e 3/4 da população são analfabetos funcionais). As iniciativas do governo para beneficiar a produção, a livre iniciativa, a liberdade, a prisão dos bandidos, etc, são repetidamente barradas por liminares ou decisões definitivas do STF... Os cidadãos de bem são indecentemente humilhados, presos e por aí vai... O brasileiro anda descontente, angustiado, indignado e revoltado com a situação do país, com a corrupção, com os políticos desonestos, com as falsas promessas, com o nepotismo, fisiologismo (troca de favores e benefícios) e tantas outras coisas. Todos com quem conversamos querem mais ética, mais igualdade, mais justiça, mais liberdade, mais oportunidades para se defender; mais ordem, mais segurança. Cada um de nós protesta, reclama, amaldiçoa, abomina, critica. Individualmente não concordamos com “nada do que está aí”. Temos a crença e o sentimento de que somos pessoalmente muito melhor do que essa bandalheira que grassa pelo país afora. Ninguém aceita, ninguém está de acordo com o mar de lama, o deboche e a vergonha da justiça, da imprensa, do congresso, enfim da vida pública e comunitária que nos aflige.

        Coletivamente no entanto, o resultado final de todos nós juntos é tudo isso que está aí (esse é o “paradoxo do brasileiro”.). Pessoalmente (e no plano dos discursos: orais ou nas redes sociais) somos (e vendemos) a imagem do que gostaríamos de ser (honestos, probos, íntegros, avançados, progressistas, amistosos, cordiais etc.). Discursamos sempre de acordo com essa imagem. Coletivamente não somos nada (ou somos muito pouco) dessa imagem que gostaríamos de ser. É por isso que o todo é muito menos que a soma das partes. Se o produto final (nós como um todo) é horroroso, indecente, indolente, mal-afamado (a classe política nada mais é que uma síntese ou espelho da sociedade que temos), como isso pode acontecer, se nos nossos discursos somos éticos, exemplares, leais, cordiais e probos? Por que discursamos como suecos civilizados e nossa sociedade como um todo é, em termos civilizatórios, tão indecente, tão aberrante, tão brasileira? Por que discursamos como os melhores motoristas do mundo e o resultado final são 45 mil mortos por ano no trânsito, milhares de aleijados, mais de meio milhão de feridos? Por que bradamos por honestidade e reelegemos Maria do Rosário, Gleisi Hofmann, Tiririca, entre outros, e o pior de tudo, 47% vota no maior ladrão e corrupto de nossa história, chamado “Lula”, para o cargo mais importante da nação? A resposta para esse paradoxo é muito dificil. Consenso nessa resposta? Nem pensar... Entretanto, no próximo ano teremos uma nova oportunidade para mudar ou pelo menos começar a mudar essa história, dizendo não ao maior ladrão da história, afinal de contas, QUEM AMA ESSA NAÇÃO, NÃO PODE VOTAR EM LADRÃO!